Olá pessoal,
após retornar de minhas férias e o passado um natural período de readaptação e retomada das atividades, fui na última quarta-feira até a Universidade Católica e tive a grata oportunidade de participar de uma aula de APO – Aprendizagem Organizacional – com meus amigos e professores Gentil Lucena e Rodrigo Pires. Apesar de já ter me deleitado com esta disciplina em 2008, fiz questão de participar de toda a aula, pois é sempre uma imensa satisfação fazer parte das experiências de aprendizagem proporcionadas por essa dupla de mestres na arte de facilitar a criação de conhecimento. E por falar em experiência de aprendizagem, os alunos receberam um pedido para que criem um “diário de bordo”, no qual irão descrever o que se passou com eles a cada encontro, ou seja, como cada um observou a si mesmo, aos colegas e aos fenômenos vivenciados durante a aula. Como tive o prazer de participar desse encontro, não resisti e decidi deixar aqui o meu “diário de bordo”, reflexo do observador que hoje eu sou:
O encontro começou com a tradicional prática do check-in, conduzida pelo prof. Gentil. Percebi que a maioria das pessoas ainda não se sente muito a vontade em partilhar suas inquietudes com a turma, o que julgo ser bem natural em um grupo que ainda está se conhecendo. Para mim que estou pensando em colocar o check-in como ponto central de meu trabalho de pesquisa, é fantástico observar a habilidade com que o prof. Gentil apresenta e conduz essa interessante e fecunda prática.
Em seguida, o prof. Rodrigo apresentou uma compilação de definições dos termos “Aprendizagem” e “Aprendizagem Organizacional”, as quais foram enviadas pelos alunos ao longo da semana, complementando tais definições com vários questionamentos bastante profundos e pertinentes, os quais foram deixados para reflexão pelo grupo. Além disso, o prof. Gentil conduziu duas interessantes dinâmicas de grupo relacionadas com o fenômeno da aprendizagem, as quais também foram, posteriormente, objeto de reflexão.
Minha percepção é de que a turma ainda está começando a se conhecer e a se permitir deixar levar pelas experiências de aprendizagem propostas pelos professores, mas pude sentir que há um grande potencial para o desenvolvimento de experiências verdadeiramente transformacionais, uma vez que todos me parecem estar bastante abertos a exploração e descoberta de novas distinções. Quanto aos professores, sinto que as muitas conversações mantidas entre os dois têm resultado em um aprimoramento contínuo da dinâmica de condução dos encontros e que a sintonia entre eles (a qual nunca foi ruim) está cada vez melhor.
Por fim, quero registrar que novamente fazer parte, mesmo que apenas por um encontro, de uma experiência tão maravilhosa como é a disciplina de APO é algo poderoso e renovou em mim o anseio de que a minha pesquisa possa trazer uma contribuição, mesmo que pequena, para o desenvolvimento de organizações capazes de conversar, aprender, compartilhar conhecimentos e, sobretudo, cuidar das pessoas que a compõem.
Grande abraço,
Marcelo Mello